Infeções Sexualmente Transmissíveis
HPV
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O HPV (Vírus do Papiloma Humano) é uma das infeções sexualmente transmissíveis mais comuns em todo o mundo, possui vários tipos e pode ser assintomático.
O que é o HPV?
O Vírus do Papiloma Humano, mais conhecido por vírus HPV, é uma das infeções sexualmente transmissíveis mais comuns em todo o mundo. Existem cerca de 200 tipos, sendo que 40 atacam o sistema genital e anal.
Apesar da elevada taxa de infeção, certas estirpes do vírus desaparecem espontaneamente ou não manifestam sintomas.
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As estirpes mais agressivas são responsáveis pelo cancro do colo do útero, mas também pelos cancros da vulva, pénis, ânus, boca ou laringe. Por esta razão, a prevenção é tão importante.
Para saberes se tens HPV, deves fazer regularmente o teste de Papanicolau. Através deste é possível perceber se há alterações das células e se existe a possibilidade de estas evoluírem para lesões graves e, em última instância, cancro.
Quais os sintomas do HPV?
O HPV manifesta-se através de verrugas que, apesar do seu aspeto de couve-flor característico, podem não ser identificadas por serem invisíveis a olho nu ou por estarem em zonas internas como o colo do útero.
O HPV tem cura?
Após a infeção por HPV pode ocorrer cura por remissão espontânea do vírus entre 4 semanas a 2 anos após a infeção. Para que se dê a cura, é importante ter um sistema imunitário forte e não comprometido, para que o organismo consiga combater o vírus.
A eliminação do vírus pelo sistema imunológico acontece cerca de 90% das vezes. No entanto, homens e mulheres podem transmitir a infeção nos casos em que não se dá a cura, mas há uma infeção assintomática, isto é, o vírus fica adormecido, não há sintomas, até que se manifesta quando existe uma baixa do sistema imunológico.
Vacina HPV
A melhor forma de prevenção para o vírus HPV é a toma da vacina contra o HPV, que cobre as estirpes mais virulentas e que causam, de forma mais comum, cancro. Em Portugal, esta vacina já está disponível de forma gratuita para raparigas e rapazes adolescentes até aos 18 anos.
As mulheres adultas não vacinadas, mesmo que já tenham tido alguma infeção por HPV, são aconselhadas a fazer a vacina, mas sem comparticipação do Estado. A vacina impede a infeção por novas estirpes e pode diminuir os sintomas do HPV de uma infeção já adquirida sem, no entanto, curar a doença.
Existem 2 tipos de vacina contra o HPV:
- Bivalente: cobre apenas os tipos de HPV 16 e 18;
- Nonavalente: protege contra os tipos de HPV 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 e está disponível em Portugal desde 2017.
Para além da vacina, as melhores formas de prevenção contra o HPV são:
- Realização regular do exame papanicolau para detetar precocemente células do colo do útero com lesões. Este exame também deteta outras infeções sexualmente transmissíveis como a candidíase.
- Usar o preservativo em todas as práticas sexuais, especialmente o feminino, que cobre uma área maior e protege, de forma mais eficaz, contra este vírus.
- Inspeção dos genitais de forma a procurar pequenas verrugas e procurar ajuda médica caso se tenha algum sinal da doença.
Como podes ser infetadX pelo HPV?
O HPV é transmitido principalmente pela via sexual, através do contacto direto entre as verrugas, que podem ser microscópicas e praticamente invisíveis, e a pele ou mucosas.
A infeção pode persistir por anos até que se desenvolvam células cancerígenas e tumores.
Com HPV positivo: o que fazer?
Não existe tratamento para o HPV. O que pode ser tratado por extração são as lesões que se desenvolvem na vagina ou no colo do útero.
O sistema imunitário da pessoa infetada é que combate verdadeiramente o vírus. O HPV demora entre 8 a 12 meses a ser eliminado do organismo.
Quando o vírus fica em estado latente, continua presente nas células, mas sem causar lesões.
Quando o organismo não consegue eliminar o vírus, as lesões persistem e, em alguns casos, podem evoluir para neoplasia. Por esta razão, o tratamento deve ser realizado de forma preventiva sempre que sejam detetadas lesões.